segunda-feira, 20 de abril de 2015

A História da Cocaína

Molécula da coca

Estrutura molecular da cocaína.
Cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzoico é um alcaloide usado como droga, derivada do arbusto Erythroxylum coca, com efeitos anestésicos e cujo uso continuado, pode causar outros efeitos indesejados como dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos. A produção da droga é realizada através de extração, utilizando como solventes álcalis, ácido sulfúrico, querosene e outros.

   História Andes e arbusto da coca
A planta da coca
A folha de coca (cujo consumo mesmo se em grandes quantidades, leva apenas à absorção de uma dose minúscula de cocaína) é usada comprovadamente há mais de 1200 anos pelos povos nativos da América do Sul. Eles a mastigavam para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço, sendo, ainda hoje, consumida legalmente em alguns países (Peru, Bolívia) sob a forma de chá ou mascando diretamente a folhas (a absorção do princípio ativo, por estas vias, é muito baixa). Os Incas e outros povos dos Andes usaram-na certamente, permitindo-lhes trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação do ar e o frio tornam o trabalho árduo especialmente difícil. A sua ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia transportar apenas um mínimo de comida durante alguns dias. Inicialmente os espanhóis, constatando o uso quase religioso da planta, nas suas tentativas de converter os índios ao cristianismo, declararam a planta produto do demônio. O seu uso entre os espanhóis do novo mundo espalhou-se, sendo as folhas usadas para tratar feridas e ossos partidos ou curar a constipação/resfriado.
A coca foi levada para a Europa em 1580.

Folhas
Flores


Frutos


Primeiras experiências
O alcaloide (cocaína) foi isolado das folhas de coca por Albert Niemann em 1859
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Vinho Mariani
ou 1860, que lhe deu o nome. No entanto há boas razões para supor que foi antes Friedrich Gaedcke que a isolou pela primeira vez em 1855 ou 1856. O seu uso espalhou-se gradualmente. Após visitas à América do Sul de cientistas italianos que levaram amostras da planta para o seu país, o químico Angelo Mariani desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca (mais poderosa devido ao poder extrativo do etanol que as infusões de água ou chás usadas antes). O vinho Mariani era muito apreciado pelo Papa Leão XIII, que inclusivamente premiou Mariani com uma medalha honorífica. A Coca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho Mariani importado da Itália. A Coca-Cola continuaria desde a sua invenção até 1903 a incluir cocaína nos seus ingredientes, e os seus efeitos foram sem dúvida determinantes do poder atrativo inicial da bebida. A cocaína tornou-se popular entre as classes altas no fim do século XIX. Entre consumidores famosos do vinho Mariani contavam-seUlysses Grant, o Papa Leão XIII, que até apareceu na publicidade do produto e Frédéric Bartholdi (francês, criador da Estátua da liberdade), que comentou que se o vinho tivesse sido inventado mais cedo teria feito a estátua mais alta (um sintoma de excesso de autoconfiança típico).
Popularização
A cocaína foi nessa altura popularizada como tratamento para a

Anúncio à Coca-Cola com cocaína, c1900.
toxicodependência de morfina. Em Viena,Sigmund Freud, o médico criador da psicanálise experimentou-a em si e em pacientes, fascinado pelos seus efeitos psicotrópicos. Publicou inclusivamente um livro Über Coca sobre as suas experiências. Contudo acabou por se desiludir com a dependência a que foram reduzidos vários dos seus amigos. Foi ele que a forneceu ao oftalmologista Carl Köller, que em 1884 a usou pela primeira vez enquanto anestésico local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados. A popularidade da cocaína ganha terreno: Em 1885 a companhia americana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injetável sob o lema de "substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloqüentes e os sofredores insensíveis à dor". O personagem fictício Sherlock Holmes(personagem de Arthur Conan Doyle) chega mesmo a injetar "cocaína" nas veias numa das histórias! Em 1909 Ernest Shackleton leva cocaína para a sua viagem à Antártica, assim como o Capitão Robert Scott.
Proibição
Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos. Com o uso da cocaína pelas classes baixas, inclusive nos Estados Unidos , acabou por assustar as classes altas a um extremo que o seu óbvio potencial de dependência e graves problemas para a saúde nunca levaram. Os alertas racistas no sul dos Estados Unidos sobre os "ataques a mulheres brancas do Sul que são o resultado direto do cérebro do negro enlouquecido por cocaína" como exprimiu um farmacêutico proeminente, acabaram por resultar na regulação e posterior proibição da substância.
Uso moderno
Apesar dos motivos iniciais é consensual entre a comunidade médica que os

Pedras de crack
elevados efeitos auto destruidores do consumo de cocaína são plenamente justificativos da proibição atual. O crack foi um desenvolvimento moderno do consumo da cocaína. É muito mais barato e fácil de consumir, e as comunidades pobres arruínam-se ainda mais por todo o mundo devido ao seu consumo. Muitos usuários de cocaína, conhecendo o crack, começaram a utilizar somente ele, pois o efeito de euforia é mais forte do que da cocaína e por muitos não terem dinheiro para comprar ambas, compram somente o crack. Porém isso não é uma regra, muitos usuários de cocaína e crack, podem ter uso abusivo de ambas ou mais ainda da cocaína, depende da assimilação do usuário. Muitos preferem a cocaína ao crack, pois já estão viciados psicologicamente no ritual da inalação. O crack é dito por muitas pesquisas que é mais barato do que a cocaína, porém não é o que foi constatado, pois comparando a utilização de ambas as drogas, o crack acaba mais rápido e o efeito, apesar de mais forte, é mais curto que o da cocaína, durando cerca de 20 minutos no máximo. A cocaína não produz o mesmo efeito depois de anos de utilização, então no usuário que consome 1 grama, ela não causa mais efeito. Por sua vez, com o crack, o usuário sente um efeito potente, mas bem menos durador do que a cocaína, isto é, o usuário sente um efeito rápido. Muitos usuários de cocaína ou crack abusam demasiadamente da droga, pois o seu efeito é rápido. Assim, a vontade de ter novamente as sensações causadas psicologicamente pela droga faz com que as doses sejam cada vez maiores, o que pode ocasionar overdose.
Erythroxylum coca
A cocaína é extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylon coca), mas só tem valor comercial quando refinada. A Erythroxylum coca possui gineceu constituído de três carpelos, cálice de cinco sépalas e corola de cinco pétalas. Suas folhas são alternadas, elípticas e pecioladas.

Produção
Deve-se diferenciar a produção da cocaína em dois processos claramente


Produção de cocaína em Java.
distintos. Na produção industrial de refrigerantes a base de extrato de coca é um subproduto sob alto controle governamental, oriundo da "decocainização" do extrato, que finalmente apresenta dois fins: ou a destruição ou a comercialização altamente controlada para fins de pesquisas biológicas, médicas e de síntese orgânica. A produção por este processo é uma extração com soluções e solventes adequados, visando retirar o máximo possível da cocaína naturalmente presente nas folhas de coca, visando se chegar a uma concentração que seja permitível pela legislação dos diversos países onde os xaropes básicos dos refrigerantes a base de coca são consumidos. A produção do alcalóide, historicamente, é a mesma que hoje, em ambiente rústico, é a usada pelos grandes produtores/traficantes de cocaína. Em recipientes (ou até mesmo buracos no chão, impermeabilizados) é colocada uma grande quantidade de folhas secas de coca, que a seguir, são maceradas com querosene. Após a maceração, as folhas são removidas e transferidas para outro recipiente e mergulhadas em solução de ácido sulfúrico visando acidificar o alcalóide e formar sulfato de cocaína, higrina e outros compostos, solúveis em água. O líquido é então decantado e tratado com alguma substância alcalina, como o carbonato de amônio, o que resulta na pasta base, que é solúvel em solventes orgânicos e insolúvel em água. A seguir, a pasta base é dissolvida em acetona ou éter etílico, normalmente, que dissolvem a cocaína básica, e com acréscimo de água, precipitam a cocaína, que por filtração encontra-se em elevado grau de pureza. Pela volatilidade, os solventes são completamente eliminados do pó obtido, não chegando a deixar aroma, critério fundamental para sua vendabilidade como cocaína pura. A cocaína, agora pura e economicamente transportável, será diluída com diversas substâncias, entre elas , destacadamente, os dificilmente detectáveis como diluição pelos consumidores (com fins ditos recreativos) anestésicos locais, como a lidocaína. Acrescenta-se também ácido acetilsalicílico, cimento branco, talco e até pó de vidro. Estima-se que produção de 1 kg de pasta-base requer entre 600 a 750 kg de folha de coca, gasolina, ácido sulfúrico, cimento, dentre outros produtos.
Padrões de uso
A cocaína tem o aspecto de um pó branco e cristalino (é um sal, hidrocloreto de

Coca
Pó de cocaína.
cocaína). Pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração da droga, que normalmente se apresenta sob forma de pó. Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sangüínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível, causada por uma overdose. A via intravenosa é mais perigosa devido às infecções. O crack é a cocaína alcalina, não salina - e é obtido da mistura da pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. O crack é conhecido nos Estados Unidos como "cocaína dos pobres e mendigos",produz maior prazer e efeitos mais pronunciados, também provocando alucinações. A via inalatória é de início mais insidioso, pode levar à necrose (morte por degeneração da células epiteliais ou outros tipos de degeneração de tecido) da mucosa e septo nasais. O crack é uma forma básica livre, que é fumada. Os seus efeitos são similares aos da via intravenosa. Na década de 1990 houve um declínio no consumo da cocaína em relevância à predileção pela heroína. O consumo das mesmas ("speedballs" ou "moonrocks") é uma prática extremamente perigosa que tornou-se convencional recentemente. A cocaína, como grande parte das drogas, é metabolizada no fígado. Conjuga-se com etanol, presente nas bebidas alcoólicas, formando cocaetileno, ainda mais tóxico.
Mecanismo de ação







A cocaína é um inibidor da enzima MAO (monoamina oxidase), da recaptação e
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Frascos de calcário (para consumo decocaína); cultura Quimbaya, na Colômbia.
estimulante da liberação de noradrenalina e dopamina, existentes nos neurônios. A dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores cerebrais que são secretados para a sinapse, de onde são recolhidos outra vez para dentro dos neurônios por esses transportadores inibidos pela cocaína. Logo o seu consumo aumenta a concentração e duração desses neurotransmissores. Os efeitos são similares aos das anfetaminas, mas mais intensos e menos prolongados. Causa constrição local. A noradrenalina e a adrenalina são neurotransmissores e hormona do sistema simpático (sistema nervoso autônomo). Elas são normalmente ativadas em situações de stress agudo ("lutar ou fugir") em que o indivíduo necessita de todas as forças e agem junto aos órgãos de modo a obtê-las: aumentam a contração e freqüência cardíacas, aumentam a velocidade e clareza do pensamento, destreza dos músculos, inibem a dor, aumentam a tensão arterial. O indivíduo sente-se invulgarmente consciente e desperto, eufórico, excitado, com mente clara e sensação de paragem do tempo. A cocaína é um forte potenciador do sistema nervoso simpático, tanto no cérebro, como na periferia. A dopamina é o neurotransmissor principal das vias meso-limbicas e meso-estriadas. Essas vias têm funções de produzir prazer em resposta a acontecimentos positivos na vida do indivíduo, recompensando a aquisição de novos conhecimentos ou capacidades (aprendizagem), progresso nas relações sociais, relações emocionais e outros eventos. O aumento artificial da dopamina nas sinapses pela cocaína vai ativar anormalmente essas vias. O consumidor sente-se extremamente auto-confiante, poderoso,irresistível e capaz de vencer qualquer desafio, de uma forma que não corresponde à sua real situação ou habilidade. Com a regularização do consumo, as vias dopaminérgicas são modificadas e pervertidas ("highjacked") e a cocaína passa de facilitadora do sentimento de sucesso e confiança face a situações externas, para simples recompensa derivada diretamente de um distúrbio bioquímico cerebral criado pela própria droga, que é dela dependente. O bem-estar desliga-se de condicionantes externas, passando a ser apenas uma medida do tempo passado desde a última dose. A motivação do indivíduo torna-se "irreal", desligando-se dos interesses sociais, familiares, emocionais, ambição profissional ou aprendizagem de formas de lidar com novos desafios, para se concentrar apenas na droga, que dá um sentimento de auto-realização artificial de intensidade impossível de atingir de outra forma.
Enquanto anestésico local
A cocaína também é um eficaz anestésico local simpatomimético, tendo sido o primeiro do grupo a ser usado, e ainda em uso hoje em algumas cirurgias respiratórias. O mecanismo desta ação é totalmente diferente da ação psicotrópica. Ela é um bloqueador dos canais de sódio nos neurônios dos nervos periféricos. O influxo de sódio desencadeia o potencial de ação e sem esse influxo são incapazes de enviar os seus impulsos. Os nervos sensitivos são geralmente os primeiros a ser bloqueados. A cocaína tem vindo a ser substituída

Anúncio em Janeiro 1896, da revistaMcClure da cocaína deBurnett "para o cabelo".
por outros fármacos não psicotrópicos e sem outros efeitos adversos mas com a mesma função. Ela apresenta efeitos secundários devido à quantidade que extravasa para o sangue, provocando estimulação simpática (hipertensão, taquicardia) e mesmo convulsões.

Toxicologia
Os sintomas de envenenamento pela cocaína referem-se sobretudo ao sistema nervoso central. Ela estimula os centros respiratórios, elevando a velocidade e profundidade da respiração.
Efeitos
Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre após uma dose moderada; efeitos com grande dose; efeitos tóxicos agudos que têm uma probabilidade significativa de ocorrer após cada dose; efeitos no consumidor crônico, a curto prazo. A cocaína pode causar malformações e atrofia do cérebro e malformações dos membros na criança se usada durante a gravidez. Ela pode ser detectada nos cabelos durante muito tempo após consumo.
Efeitos imediatos
Muitos efeitos devem-se à estimulação dos sistemas simpático e dopaminérgicos diretamente. A cocaína causa danos cerebrais microscópicos significativos com cada dose. Com o início do consumo regular os danos tornam-se irreversíveis. Os seus efeitos imediatos duram de 30 a 40 minutos. Entre os efeitos descritos da droga no sistema nervoso central estão:

(I) efeitos psicológicos: euforia, sensação de poder, ausência de medo, ansiedade, agressividade, excitação física, mental e sexual, anorexia (perda do apetite), insônias, delírios.

(II) efeitos no organismo: taquicardia, aumento na frequência dos batimentos cardíacos (sensação do coração bater mais rápido e mais forte contra o peito), hipertensão arterial, vasoconstrição, urgência de urinação, tremores, midríase (dilatação da pupila), hiperglicemia, suor e salivação intensa e com textura grossa, dentes anestesiados.

Efeitos em altas doses
É muito difícil definir a dose considerada alta, visto que varia de pessoa a pessoa e varia de acordo com a porcentagem de pureza da cocaína consumida. Para alguns organismos, com apenas 1g, ou um papelote, os efeitos abaixo descritos já começam a aparecer. Os efeitos, em altas doses, são: convulsões, depressão neuronal, alucinações, paranóia (geralmente reversível), taquicardia, mãos e pés adormecidos, depressão do centro neuronal respiratório, depressão vasomotora e até mesmo coma e morte em uma overdose. As overdoses de cocaína são rapidamente fatais. Caracterizam-se por arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia.

Efeitos a longo prazo
necrose no nariz
Os efeitos da cocaína no nariz humano.

A cocaína apresenta fenômeno de tolerância bem definido e de estabelecimento rápido. Para obter os mesmos efeitos, o consumidor tem de usar doses cada vez maiores. Os efeitos da cocaína, com o tempo, começam a durar menos e começam a ter intensidade menor com o tempo de uso, então o consumidor consome cada vez mais a droga para se satisfazer na mesma intensidade que antes. Provoca danos cerebrais extensos em um curtíssimo período de tempo de consumo. É realmente muito difícil definir o período de tempo em que pode-se começar a notar os efeitos aqui descritos. Pode variar de acordo com a frequência de uso e a pureza da cocaína consumida. Pode-se dizer que não se trata de um tempo muito longo para começarem a aparecer estes efeitos. Há pessoas que após consumo de uma pequena quantidade desta droga durante alguns meses começam a apresentar alguns dos sintomas aqui descritos. A cocaína não tem síndrome física bem definida (como por exemplo o da heroína), no entanto os efeitos da sua privação não são subjetivos. Após consumo durante apenas alguns dias, há universalmente: depressão (muitas vezes profunda), disforia (ansiedade e mal estar), deterioração das funções motoras, elevada perda da capacidade de aprendizagem, perda de comportamentos aprendidos. A síndrome psicológica da cocaína é extremamente poderosa. Ha comprovações obtidas através de estudos epidemiológicos de que a cocaína é muito mais viciante que a maconha (cannabis), o álcool ou o tabaco. A longo prazo (alguns meses) ocorrem invariavelmente múltiplas hemorragias cerebrais com morte extensa de neurônios e perda progressiva das funções intelectuais superiores. São comuns síndromes psiquiátricas como esquizofrenia e depressão profunda unipolar.

Pé de coca

Efeitos a longo prazo:
Perda de memória
Perda da capacidade de concentração mental
Perda da capacidade analítica.
Falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas
Destruição total do septo nasal (se inalada).
Perda de peso até níveis de desnutrição
Cefaleias (dores de cabeça)
Síncopes (desmaios)
Distúrbios dos nervos periféricos ("sensação do corpo ser percorrido por insetos")
Silicose, pois é comum o traficante adicionar talco industrial para aumentar seus lucros, fato verificado em necropsia, exame de hemogramas.

Efeitos tóxicos agudos
Estes efeitos podem ocorrer ou não após uma única dose baixa, mas são mais prováveis com o uso continuado e em doses altas:
Arritmias cardíacas: complicação possivelmente fatal.
Trombose coronária com enfarte do miocárdio (provoca 25% dos enfartes totais em jovens de 18-45 anos)
Trombose cerebral com AVC.

Outras hemorragias cerebrais devidas à vasoconstrição simpática.
Necrose (morte celular) cerebral
Insuficiência renal
Insuficiência cardíaca
Hipertermia com coagulação disseminada potencialmente fatal.

Tratamento da toxicodependência
A dose de cocaína ou outro estimulante é gradualmente diminuída. Se ocorrerem distúrbios psiquiátricos, devem ser tratados com antipsicóticos e antidepressivos. É possível que os agonistas do receptor da dopamina amantadina, sejam úteis no futuro, para minimizar as síndromes de privação. A imunização ativa é uma nova terapia que poderá ser promissora. Consiste em "treinar" o sistema imunitário para destruir a cocaína como se fosse um invasor.

Epidemiologia da toxicodependência
A cocaína é a segunda droga ilegal mais consumida, depois da maconha.

Testes para detecção do uso de cocaína
Os testes usados para apontar o uso de cocaína, basicamente são os mesmos usados para descobrir o consumo de outras drogas. Os principais tipos de testes utilizados podem analisar o sangue, a urina, o suor ou o cabelo e pelos. Os exames de sangue possuem uma janela de detecção de até dois dias, possuem baixa eficiência do resultado e podem apontar falsos positivos, enquanto os exames de urina além de submeter o paciente a certo constrangimento durante a coleta do material também pode acusar falsos positivos, embora em menor escala. A janela de detecção vai até três dias após o uso de determinadas substâncias, porém o grau de eficiência do resultado é baixo. Já os exames que baseiam-se em amostras de pelos ou cabelos, possuem larga janela de detecção (90 dias), eficiência nos resultados e não há possibilidade de falsos positivos.
Tráfico e custos sociais da cocaína
A comercialização de cocaína é ilegal na maior parte dos países do Mundo. A


Cocaína aromatizada como morangos e outras frutas de San Francisco.
planta da coca é cultivada legalmente em volumes controlados em vários países da América do Sul, mais especificamente na cordilheira dos Andes (Bolívia, Colômbia e Peru). As folhas da coca são legais nesses países, mas a sua refinação é proibida. Normalmente a refinação é feita nos Estados Unidos, maior consumidor não só de cocaína, mas de drogas do mundo. O mercado norte-americano de cocaína é o maior do mundo, Se estima que tenha sido de 70 bilhões de dólares, em 2005, mais do que o faturamento de muitas empresas.

Referências
http://biografiaecuriosidade.blogspot.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cocaína

sábado, 11 de abril de 2015

OTAN ESTÁ MARCHANDO PARA A RÚSSIA, E ELES NÃO TÊM IDÉIA DO QUE OS ESPERA.


Soldados britânicos formaram parte da força de paz da OTAN em Kosovo em 1999.
A América está plenamente consciente de que a maneira de chamar a Rússia em um conflito é avançar em direção às fronteiras da Rússia. Com o tempo, a Rússia será obrigada a defender seu direito de existir, e quando isso acontecer, as potências ocidentais não vão saber o que os atingiu.
Políticos americanos em particular e políticos europeus em geral são alguns dos tolos mais ignorantes quando o assunto trata de qualquer coisa fora de suas fronteiras. Quando se trata da Rússia, é um Engima envolto em um mistério… mas só porque, caros leitores, ninguém deles teve a preocupação de tentar entender os russos e a visão de mundo do russo.

Um importante fato histórico sobre a Rússia é que a Rússia é um império civilizacional único construído sobre a defesa não ofensa. O que isto significa é que, historicamente, a Rússia não começa as guerras, ou série de guerras (embora possa atingir primeiro em um confronto que é pontuado por uma série de guerras). Na história da Rússia, os líderes russos, desde o batismo da Rússia para a Ortodoxia, tenho tentado arduamente evitar a guerra com os nossos vizinhos, embora quase todas as vezes isso falhou. Em paralelo, tanto quanto nós não gostamos de guerra, e na ortodoxia matar em combate ainda é um pecado até porque não temos a heresia da Guerra Justa, somos muito, muito bons em matar e destruir. Um paradoxo, mas é a realidade.

Isto foi tão profundo que, no verão de 1914, o czar Nicolau II, quando a guerra estava iminente, mesmo interrompendo a mobilização para tentar acalmar a situação mais uma vez e convencer os austríacos e alemães a abandonar aquela que se tornaria a grande tragédia do início do século 20.
Os problemas com modernos, e na verdade históricos, políticos ocidentais, é que esses caras são idiotas absolutos sem compreensão da psique dos russos e com certeza são a causa da WW3, seja intencional ou acidental. Eles estão projetando sua psique para os russos.
O que isto significa é que estão projetando uma típica mentalidade de reforço negativo. Europa e EUA são sociedades construídas sobre a agressão constante em relação aos vizinhos. A agressão como que é pautada através da construção de uma enorme força de contenção credível de aliados e blocos, o que faz com que o medo da derrota e reescalada… seja a abordagem típica do equilíbrio de forças europeu.

A Rússia é um império defensivo, ou seja, a maioria das guerras ou uma série de guerras não foram iniciadas pelos russos, mas para atacar os inimigos ou concentra-los nas fronteiras da Rússia. Depois de 800 anos de quase ininterrupta agressão pelos europeus, a Rússia não tolera qualquer inimigo concentrando-se nas suas fronteiras, naquilo que se parece com uma preparação para a invasão ou a criação de grandes escalas baseando áreas como na dominação dos neo-cons dos EUA na Ucrânia. Isto também está ligado com a abordagem russa de não abandonar os russos (étnico ou cultural) e aliados, em oposição à sociedade Anglo-saxonica onde o esfaqueamento de aliados quando a oportunidade de ganhar existe, é uma habilidade valorizada.
Deste modo, esta é uma abordagem espiral. Qualquer escalada pelos estrangeiros vai levar a uma escalada direta por parte da Rússia e não o contrário. O equilíbrio de poder não funciona quando a Rússia sente sua sobrevivência ameaçada. Basta uma escalada inimiga na esperança de forçar a Rússia a recuar e irá gerar um efeito oposto na geração de um primeiro ataque e guerra total, enquanto a Rússia sente que sua vida e existência está ameaçada pelo inimigo.
Nada se compara a colocar a sociedade russa em uma mentalidade de ameaçador cerco para forçar a natureza caótica do indivíduo russo a cristalizar-se em uma direção: a destruição total da ameaça e dos estados que a geram.

O exército da Rússia pode ser apenas 1 milhão, mas a reserva imediata é de mais de 20 milhões e a seguir uma capacidade de mobilização total de mais de 40 milhões, e talvez mais se iniciar a obrigação e a contagem das mulheres combatentes.
A última vez que as fábricas eram dirigidas por crianças, idosos e mulheres. Agora, com a automação em massa, muito mais da sociedade é liberada para lutar. Como a civilização russa não é só terra, mas ideologia cultural e filosofia que geram uma lealdade fanática absoluta. Esta é uma lealdade a uma cultura que permite a entrega temporária da terra para o tempo no entendimento de que esta será então utilizada, combinada com a ininterrupta guerra de guerrilha, de triturar o invasor e dizimar-lo profundamente no interior da Rússia, antes de marchar sobre as suas cidades e queimá-las até o chão em vingança.
A Europa precisa encontrar alguns veteranos alemães e romenos e perguntar-lhes o quão divertido foi. O Mamal Kurgan, o monte mais alto de Volgorad (Stalingrado) uma área de 1,5 km teve 35.000 corpos identificáveis sobre ele, metade deles alemães, depois de 4 meses de combates. Isso é mais do que ambos os lados perderam nas praias da Normandia. Na 2 ª Guerra Mundial os alemães tiveram em média 1 soldado morto a cada 30 segundos. Com uma cifra de 3 a 4 vezes mais de feridos.
Os atuais exércitos que servem a OTAN se desgastariam em 3-4 meses. Isso equivale a quase um milhão e meio de mortos e feridos.

Forças militares dos países membros da OTAN no leste da europa.
A OTAN entraria em colapso. Gregos se recusariam a lutar. Sérvios estariam em uma guerra no meio de tudo isso. Cipriotas se recusariam a lutar. A Turquia provavelmente também se recusaria a morrer em uma guerra que só poderiam perder. A Bulgária provavelmente teria uma revolução. Romênia, Itália, Espanha e Portugal não sofreriam pesadas baixas antes terem derrubado os governos impopulares que eles tem. A França mais do que provavelmente também. Os EUA não conseguia se concentrar plenamente o seu exército enquanto teriam que liberar seu controle sobre todos os outros setores que por sua vez estariam explodindo.
Quanto a uma segunda frente, isto é, se a América fosse invadir o Extremo Oriente russo, bem, fora agarrar Sakhalin e Vladivastok e Khabarovsk, tudo o que vai custar serão centenas de milhares de cadáveres, uma força de invasão norte-americana seria confrontada com uma marcha de 3.000 quilômetros, ou cerca de 1.800 milhas até os principais campos de petróleo mais próximos e seriam obrigados a cobrir uma área de terra maior que os Estados Unidos continental, num terreno de imensidão selvagem, com os defensores russos e o inverno siberiano congelante (8 meses de duração) preenchendo as listas de cadáveres numa base diária. Em outras palavras, do lado de fora de uma apropriação de terras temporária, nada a temer.

Além disso, se as coisas ficam ruins a China iria intervir sabendo que é o próximo alvo na lista, e assim, a Sibéria estaria razoavelmente segura das forças dos Estados Unidos.
Na verdade, americanos, alemães e poloneses idiotas, os russos vão lutar e 152 milhões de pessoas vão lutar até o fim, não porque Putin senta-se no poder, ou porque temos medo do inimigo, mas porque o amor da Rússia, a própria idéia de Rússia, irá conduzir uma resistência fanática, bem treinada e armada com armamento avançado. Os russos vão lutar, independentemente de quem se senta no trono, porque nós não estamos lutando para o líder, mas por Cristo e pela Rússia, a terra que Ele nos deu como a Terceira Roma. Que guerra exatamente você vai estar lutando?
Autor: Stanislav Mishin
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
Fonte: http://mat-rodina.blogspot.com.au/2015/03/getting-russia-wrong-all-way-to-war.htmlDinâmica Global
Via: http://noticia-final.blogspot.com.br/2015/04/otan-esta-marchando-para-russia-e-eles.html

domingo, 5 de abril de 2015

Negros escravizaram portugueses por 741 anos.

A grande dívida que os brancos tem com os negros por 400 anos de escravidão é provavelmente a maior mentira já contada na história. O preconceito contra os brancos é tão grande que até o google mudou o resultado da minha pesquisa de “império mouro escravidão” para “império romano escravidão”. Mouro vem do latim Maures que significa Negro, devido a cor da pele deles dos integrantes do Império Mouro.
Exemplo de um Mouro
O Império Mouro foi o grande império muçulmano que conquistou o norte da África, Oriente Médio e Península Ibérica ( onde hoje se localizam Portugal e Espanha), é o mesmo império que alguns muçulmanos querem refazer através do estado islâmico. Com o regime de Califado, onde um homem seria escolhido por Deus para liderar o povo muçulmano na conversão do mundo para o islamismo.

Com o declínio do Império Romano, os Visigodos tomaram região por um tempo, mas o Califado conseguiu uma brecha e em menos de uma década conquistou a península Ibérica inteira. Apesar da resistência de algumas regiões que voltaram rapidamente ao domínio Cristão, o Império Mouro permaneceu de 711 até 1452 na península, oque nos leva a 741 anos de ocupação e também de escravidão do povo cristão.

Se considerarmos o tempo que os portugueses escravizaram negros de 1415 a 1975 ( se considerarmos o período colonial da Angola e Moçambique pós escravidão, pois a escravidão foi abolida em 1869), foram 560 anos. É um mal caratismo populista sem fim dessas organizações racistas promotoras de conflitos que nem deveria existir a essa altura do campeonato.


A escravidão sempre existiu e sempre foi com o intuito de gerar mão de obra e não por causa da cor da pele. Brancos já escravizaram brancos, negros já escravizaram negros. Nos primórdios o escravo era propriedade de outra ou em algumas nações os escravos eram os que pagavam impostos e os cidadãos não pagavam.

E com o fim da escravidão o que realmente aconteceu foi que todos nos tornamos escravos através da cobrança de impostos. E para manter seu poder escravocrata o governo vem promover o conflito entre brancos e negros.Mais liberdade, menos dependência, quanto menos pedirmos ao governo menos impostos pagamos e enfraquecemos o governo.

Maiores Informações:
http://www.mundolusiada.com.br/colunas/opiniao-luso-descendente/7112011-1300-anos-da-invasao-moura-em-portugal/

https://www.facebook.com/revolucionese/posts/958003097546126?comment_id=958301117516324&notif_t=feed_comment

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-a-ocupacao-moura-da-peninsula-iberica

http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2010/08/genese-do-terror-e-o-acirramento-da.html

https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2014/12/28/mouros-negros-e-mouros-pretos/

http://veja.abril.com.br/historia/descobrimento/expansao-imperio-otomano.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters/ult112u32556.shtml

http://www.olavodecarvalho.org/semana/070410dce.html

http://www.olavodecarvalho.org/semana/081009dc.html

http://www.academia.edu/7640854/A_Manilha_e_o_Libambo_a_Africa_e_a_Escravid%C3%A3o_de_1500_a_1700

http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11408/11408_3.PDF
Livros:
– “O Escravo nos anúncios de Jornais Brasileiros do Século XIX.” Por Gilberto Freyre.
– “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil.” Por Leandro Narloch.