Por: Illgner Geovanne
07 de outubro de 2012 às 12:11 am | Postado em: Geral, Notícias
O medo da radiação gerada pelas usinas nucleares em todo o mundo se agravou em 2011 devido o vazamento de Fukushima, no Japão. Milhares de pessoas realizaram protestos pedindo o fim dessa tecnologia, mas o que muitos não sabem é que a radiação circulou intensamente pelo planeta nos últimos anos, por propósitos militares.
Registros oficiais indicam que as potências nucleares conduziram mais de 2 mil explosões nucleares de teste.
O primeiro teste nuclear foi realizado dentro do território dos Estados Unidos em 16 de julho de 1945, quando foi detonada uma bomba equivalente aquela que seria lançada na cidade de Nagasaki. No total, os norte-americanos fizeram 1054 testes nucleares sendo que o último foi em 1992. A maioria das explosões foi realizada no deserto de Nevada e 66 bombas foram detonadas no arquipélago das Ilhas Marshall entre os anos de 1946 e 1958.
A ex-União Soviética aparece na segunda colocação com 715 explosões nucleares realizadas em áreas de testes na Sibéria, Nova Zembla, e em alguns pontos da Rússia, Cazaquistão, Turquemenistão e Ucrânia.
Os soviéticos são responsáveis por detonar em 1961 a bomba nuclear mais poderosa da humanidade. A superbomba Tsar, com 50 megatons de potência, cerca de 1.400 vezes mais potente do que as lançadas pelos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki, na Segunda Guerra Mundial. A explosão aconteceu em Nova Zembla, norte da atual Rússia, e foi tão forte que o impacto chegou à Finlândia, mais de 2 mil km distante.
Na sequência da lista dos países que explodiram bombas de destruição em massa aparecem a França com 210 testes, Reino Unido e China com 45, 4 pela Índia e 2 pelo Paquistão. A Coreia do Norte detonou bombas em 2006 e 2009. Existem suspeitas de que Israel, África do Sul e Japão tenham realizados ensaios semelhantes.
Apesar dos constantes ataques nucleares das potências contra os seus próprios territórios, o Estado judeu, os Estados Unidos e a Europa movem a mídia e a população para se preocuparem com a possibilidade de um país árabe ter acesso a uma bomba atômica.
Efeitos
Cientistas estudaram os sobreviventes dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki para compreender os efeitos de curto e longo prazo das explosões nucleares sobre a saúde humana. A radiação e a precipitação radioativa podem aumentar as chances de leucemia, câncer, infertilidade e deficiências.
Em 10 de outubro de 1963, os países detentores da tecnologia militar nuclear assinaram um acordo para o fim dos testes na atmosfera, no espaço exterior, e debaixo de água. Em 24 de setembro de 1996 foi assinado um texto proibindo qualquer tipo de teste nuclear.
Uma animação em vídeo mostra as explosões nucleares ao redor do mundo:
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